sexta-feira, 17 de abril de 2009

Acesso permitido


A Universidade Federal da Bahia - Ufba - disponibilizará 1.300 vagas para estudantes aprovados no Exame Nacional do Ensino Médio - Enem – Estes candidatos não serão submetidos ao vestibular da instituição.

A educação sem qualidade oferecida à população nas escolas públicas impossibilita o ingresso na instituição federal, que possui um dos vestibulares mais difíceis do país. O método de seleção utilizado abrange uma vasta área de conhecimento e dá ênfase ao saber.

Será que a adoção do Enem como substituto do vestibular é válida? Ou a educação pública precisa ser melhorada para que todos os candidatos às vagas possuam as mesmas chances? Os alunos que possuem baixo poder aquisitivo permanecem em unidades educacionais com problemas nas instalações físicas, sem merenda escolar e, principalmente, com déficit de profissionais. Como poderão competir com os da classe média? Quais serão os rumos da educação superior brasileira?


A maioria das vagas existentes na Ufba sempre foram usufruídas por discentes oriundos de escolas particulares. O ingresso nesta universidade, através do Enem, por alunos mais pobres, serve apenas como reparação do Estado para minimizar os prejuízos causados.

Medidas imediatas para reformulação da estrutura do ensino público são necessárias, pois uma nação que intenciona sair do subdesenvolvimento precisa atentar para investimentos na educação. Enquanto isso não acontece, às classes elitizadas, terão que conviver com a redução do seu espaço nas universidades federais.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Há vagas

A Câmara Municipal de Salvador aprovou, no dia dez de março, uma reforma administrativa, na qual cada um dos 41 vereadores terá direito a mais um assessor parlamentar. Esta decisão acarretará um aumento superior a R$ 2,41 mi por ano nos gastos dos cofres públicos. Cada político já tem, hoje, de 10 a 23 assessores, a depender do gabinete.
No mês em que completou 460 anos, Salvador foi “presenteada” com medidas políticas que desrespeitam os soteropolitanos. Apesar de estar entre as nove principais cidades do Brasil, possui a maior taxa de desemprego do país. Enquanto isso, na Câmara, os nossos vereadores dispõem de vagas para distribuir entre seus adeptos.
Salvador, considerada a capital mais rica do Nordeste, é vitimada por decisões irresponsáveis e astutas de líderes, que apenas cooperam para promover a desigualdade e para permitir a concentração de riqueza.
Diversos problemas urbanos relacionados a transportes, educação, segurança, saúde, água, esgotos, são relegados ao descaso, enquanto nossos representantes, eleitos pela Democracia, agem sorrateiramente visando apenas o benefício próprio.
Percebemos que a criação de empregos é um dos grandes desafios para qualquer governante interessado no crescimento e desenvolvimento do Estado. Contudo, anelamos que estratégias inteligentes propiciem o surgimento de vagas, também, para a população, afligida pelo desemprego.