sexta-feira, 17 de abril de 2009

Acesso permitido


A Universidade Federal da Bahia - Ufba - disponibilizará 1.300 vagas para estudantes aprovados no Exame Nacional do Ensino Médio - Enem – Estes candidatos não serão submetidos ao vestibular da instituição.

A educação sem qualidade oferecida à população nas escolas públicas impossibilita o ingresso na instituição federal, que possui um dos vestibulares mais difíceis do país. O método de seleção utilizado abrange uma vasta área de conhecimento e dá ênfase ao saber.

Será que a adoção do Enem como substituto do vestibular é válida? Ou a educação pública precisa ser melhorada para que todos os candidatos às vagas possuam as mesmas chances? Os alunos que possuem baixo poder aquisitivo permanecem em unidades educacionais com problemas nas instalações físicas, sem merenda escolar e, principalmente, com déficit de profissionais. Como poderão competir com os da classe média? Quais serão os rumos da educação superior brasileira?


A maioria das vagas existentes na Ufba sempre foram usufruídas por discentes oriundos de escolas particulares. O ingresso nesta universidade, através do Enem, por alunos mais pobres, serve apenas como reparação do Estado para minimizar os prejuízos causados.

Medidas imediatas para reformulação da estrutura do ensino público são necessárias, pois uma nação que intenciona sair do subdesenvolvimento precisa atentar para investimentos na educação. Enquanto isso não acontece, às classes elitizadas, terão que conviver com a redução do seu espaço nas universidades federais.

6 comentários:

  1. o governo "democratiza" o acesso a educação superior mas o nível caíra bruscamente devi à falta de tudo nas Universidade, inclusive de professores.

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  2. As políticas públicas de inclusão são válidas, mas creio que seriam ainda melhores, se ocorressem em conjunto com o investimento em educação, desde sua base. O que acho problemático é que a UFBA vem se preocupando com o aumento de alunos, mas não com a melhoria da estrutura. Agora mesmo, depois do incêndio do último mês no Instituto de Química, os alunos estão tendo aulas práticas nos laboratórios do Cefet. Assim fica difícil!

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  3. Também tenho ponto de vista idêntico ao seu, Rose. Devemos cobrar, o quanto antes, da sociedade civil, um fórum sobre os rumos do ensino público atual e daí viabilizarmos iniciativas bem orientadas. É desigual equiparar as condições de aula oferecida para estudante da rede privada com o da rede pública. Por enquanto, carecemos de uma interface mais inclusiva entre o ensino público e o de nível superior, em unidades públicas.

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  4. Com esta história de que o ENEM vai servir como base para a ingreção ao vestibular, muitos estudantes das escolas públicas vão sim,se dar mal. Pois essa falta de boa educação nas instituições públicas, só traz uma concorrência desleal entre, alunos de escolas públicas e particulares.

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  5. Com esta história de que o ENEM vai servir como base para a ingreção ao vestibular, muitos estudantes das escolas públicas vão sim,se dar mal. Pois essa falta de boa educação nas instituições públicas, só traz uma concorrência desleal entre, alunos de escolas públicas e particulares.

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  6. Se faz necessário sim uma reformulação do ensino público. Depois de tomada essa medida, acredito que essa idéia de acabar com o vestibular seja bem-vinda. Do contrário, essa medida continuará beneficindo àqueles que tiveram a possibilidade de estudar em escola particular.

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